20 de nov. de 2010

Análise da mídia nas escolas

Por Rodrigues Alves

No último debate promovido pelo SOS Imprensa (no dia 16/11), os alunos presentes tiveram a oportunidade de discutir sobre a necessidade da criação de uma disciplina que analise criticamente as atividades da mídia nas escolas públicas e privadas em todo o país.

Existe um projeto de lei, de autoria do deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) que inclui a disciplina "Leitura e Educação para as Mídias" no currículos dos ensinos fundamental e médio, a partir do sexto ano.

Pelo projeto, os alunos devem refletir sobre o que é publicado pelos meios de comunicação, de acordo com critérios éticos, morais e, principalmente, constitucionais. Além disso, o PL sugere que, nas escolas, os alunos, orientados pelos professores, tenham a possiblidade de produzirem conteúdos para serem divulgados em plataformas midiáticas (jornais, blogs, documentários etc.).

A tramitação do projeto de lei é abordada na reportagem produzida por Geórgia Moraes, da Rádio Câmara. Um dos coordenadores do SOS Imprensa, o professor da Faculdade de Comunicação da UnB, Luiz Martins, argumenta, na matéria, que é preciso conscientizar as pessoas sobre o papel da mídia na sociedade e também como exigir seus direitos de cidadãos.

O tema também foi discutido na I Conferência Nacional da Comunicação (Confecom), realizada em dezembro do ano passado. Uma das resoluções prioritárias aprovadas por setores do governo e da sociedade civil é justamente:

"Criar políticas públicas que visem a capacitação da sociedade envolvendo os debates teóricos, político e técnico sobre Comunicação, incluindo leitura crítica da mídia e o debate estético, proporcionando orientações à sociedade para compreensão e fiscalização de questões atinentes às comunicações e seus reflexos na produção de subjetividades, com destaque para as decorrências sociais da propaganda e da publicidade."

Por fim, como o projeto de lei sugere a reformulação dos currículos do curso de comunicação social para a inclusao de um curso de licenciatura (ou de disciplinas de licenciatura), os presentes ao debate comentaram a criação do curso de Educomunicação pela Escola de Comunicação da USP. O curso tem início em fevereio do ano que vem (o vestibular para ingresso teve concorrência de 4,27 candidatos por vaga). É interessante também se analisar a necessidade desse novo tipo de profissional: o educomunicador (arquivo em .pdf).

12 de nov. de 2010

Jovens aprendem técnicas de jornalismo em oficina da FAC

Notícias foram produzidas por estudantes de diferentes áreas do conhecimento durante evento
Amazonir Fulni-ô - Da Secretaria de Comunicação da UnB

Estudantes de diversas áreas do conhecimento, por exemplo, de Arquivologia, de Pedagogia, de Letras e da própria comunicação aprenderam técnicas de como produzir notícias durante a oficina Como se faz um jornal diário, realizada pelo estudante de jornalismo e membro do projeto S.O.S imprensa Wemerson Fraga, na tarde desta quinta-feira, 11 de novembro. As vinte vagas ofertadas foram preenchidas. “A oficina proporciona uma visão introdutória de como fazer textos jornalísticos”, explicou Wemerson.
O estudante de Letras Fernando Henrique falou da importância de ter participado da oficina para sua escolha profissional. Segundo ele, o gosto pelo curso atual existe, mas o desejo de fazer jornalismo despertou durante o evento. “Já me interessava pela área de comunicação e em especial pela mídia impressa, com a oficina o meu interesse aumentou ainda mais”. Henrique afirmou que ainda vai fazer o vestibular para comunicação.
Depois da explicação da estrutura de uma matéria, e do o que é um lead, uma retranca, um título e subtítulo, e valor notícia, entre outros, o ministrador da oficina aplicou um exercício para que os participantes pudessem colocar em prática o que aprenderam. A proposta foi que os estudantes saíssem da sala e produzissem um lead com base nas informações adquiridas durante a oficina. O resultado foi positivo, porque conseguiram produzir leads interessantes e mostraram que aprenderam o que foi proposto.
A oficina é a terceira das quatro realizadas durante a Semana Universitária, pelo projeto S.O.S Imprensa, coordenado pelos professores da FAC Fernando Paulino e Luiz Martins. O projeto é ligado a disciplina Tópicos Especiais em Comunicação 5 e produz um informativo impresso mensal, um blog com atualização semanal e um programa de TV intitulado S.O.S Imprensa que é veiculado na TV Cidade Livre, canal 8 e na UnB TV, canal 6.
Para a estudante de Jornalismo Ramilla Rodrigues, a oficina serviu também para desmistificar algumas afirmações que existe sobre o jornalismo, por exemplo, o de que qualquer pessoa pode escrever matéria porque é fácil. “Precisa-se ter noção e técnicas para escrever texto jornalístico”, disse. “E aprender também alguns valores éticos, como o de ouvir os dois lados da história na apuração”.

8 de nov. de 2010

SOS Imprensa na X Semana de Extensão da UnB

De 8 a 12 de novembro, acontece na Universidade de Brasília a X Semana de Extensão, evento que busca divulgar e valorizar a Extensão Universitária.
O SOS Imprensa, como Projeto de Extensão de Ação Contínua, estará participando da programação da SEMEX, promovendo a partir de amanhã quatro oficinas com temas diversos, englobando todas as habilitações da Comunicação.
Confira a seguir os horários das oficinas:

Terça (09/11) 14h – 16h
Edição de Imagens em Publicidade: a questão ética

Quarta (10/11) 14h – 16h
TV Aberta: opiniões e debates

Quinta (11/11) 14h – 16h
Como se Faz um Jornal Diário

Sexta (12/11) 14h – 16h
Comunicação Pública

*Todas as oficinas serão realizadas no Auditório da FAC (Subsolo)

28 de jul. de 2010

FAC se reúne para recepcionar calouros e se conhecer

Por Paulo Victor Chagas


Professores e alunos reunidos durante reunião
preparatória para boas-vindas da FAC
(Foto: Mariana Costa/Campus Online)


A direção da Faculdade de Comunicação se reuniu nesta terça-feira com seus professores e alunos para discutir sobre a recepção dos calouros no próximo semestre. Marcada para as 14h, a reunião começou 20 minutos atrasada e lotou uma sala do departamento de pós-graduação, no subsolo da FAC.

O objetivo era reunir propostas para serem apresentadas na Comissão de Boas-Vindas da UnB, que irá recepcionar os alunos do 2º semestre de 2010, além de organizar uma recepção inédita aos calouros da FAC.

Professores do Curso de Comunicação Organizacional compareceram em grande número, além de alunos dos projetos de extensão, empresas juniores e os próprios calouros. Ficou decidido no encontro que no dia 24 de setembro, sexta-feira, dia em o reitor dará as boas-vindas aos calouros, será realizada uma apresentação da Faculdade no período da tarde, mostrando como funciona o currículo, a matrícula em disciplinas e os projetos de pesquisa e extensão desenvolvidos pela FAC. Uma semana também está sendo organizada para recepcionar os calouros de Comunicação e explicar mais a fundo como funciona a faculdade, a ser realizada em outubro.

As professoras Zélia Adguirni e Liziane Guazina, que ficaram responsáveis por repassar as sugestões para a Comissão, apresentaram a proposta inicial de se produzir uma edição especial da revista Campus Repórter para ser entregue com o kit dos calouros. Os demais professores e alunos apresentaram outras sugestões, como uma recepção especial para os cursos noturnos da UnB, discutindo suas dificuldades de horário e de iluminação, e uma exposição dos projetos de iniciação científica da FAC, dos projetos de exensão e das empresas juniores.

Também foi proposto um cineclube, ideia para começar nas boas-vindas e continuar a ocorrer semanalmente na faculdade, já que esta possui um vasto acervo de obras audiovisuais desconhecidas pelos estudantes.


2010/68

Uma proposta bem aceita pelos presentes foi a sugerida por calouros de Comunicação e Universidade, disciplina ministrada pela professora Dione Moura. Incentivados pelo filme Barra 68, que assistiram em sala de aula, Lucas Vidigal e seus colegas pesquisaram os arquivos antigos da UnB e descobriram um documento de boas-vindas que estava sendo preparado para o início de um semestre há alguns anos, mas que não foi concretizado devido ao teor do documento, que falava sobre rebeliões de muitos estudantes na UnB em 1968.

A ideia para as boas-vindas, aprovada na reunião, será a de combinar a história da Universidade com as atividades previstas para o início do semestre. Cada grupo se reunirá para elaborar oficinas, apresentações de seus projetos, e tentará mesclar as suas exposições com os acontecimentos da UnB naquela época. Um flash mob e um tour pela Faculdade, mostrando seus espaços e laboratórios, também serão pensados para serem realizados no espaço da FAC.



"Casa de ferreiro, espeto de pau"

Uma das poucas reuniões organizadas pela Faculdade de Comunicação esse ano, o encontro foi aclamado pelos presentes, mas também revelou a necessidade de mais comunicação na faculdade. Ao falar de um evento que ocorrerá na universidade no mês de agosto, a professora Fabíola Calazans incitou em pouco tempo uma rodada de convites para atividades promovidas pelos próprios professores e alunos, que estão à mercê de uma divulgação mais eficiente dentro da instituição.

Críticas ao modo como são apresentadas as ações da FAC aos alunos _principalmente aos recém-chegados, que ficam perdidos no início _também foram feitas pelos presentes, que enfatizaram o caráter imprescindível de mais encontros como esse. Também foi sugerida uma atualização constante no site da FAC apresentando os professores e projetos desenvolvidos pela faculdade, recurso disponível que não está sendo usado, e onde se poderiam colocar artigos, contatos dos professores e divulgação de eventos.

Outra reunião deverá ser marcada para decidir os detalhes acerca a semana de boas-vindas da FAC.

17 de jul. de 2010

Dunga x Mídia: Uma relação conturbada, em que a seleção foi a maior prejudicada.


Ao assumir a seleção brasileira em 2006, após o fracasso da Copa na Alemanha, Dunga teve uma difícil tarefa pela frente: mudar a filosofia da nossa equipe, e reconstruir a imagem de uma seleção que estava desacreditada em seu país.

O início foi complicado, e Dunga se tornou o novo técnico do Brasil sob o signo da desconfiança. Muitos não entenderam a decisão do presidente da CBF, Ricardo Teixeira, de colocar à frente da nossa seleção um técnico totalmente inexperiente. Porém, conforme o tempo foi passando, Dunga foi minando a resistência ao seu trabalho com vitórias e títulos com a seleção.

Seu primeiro grande triunfo com o Brasil foi a conquista da Copa América sobre o nosso maior rival, a Argentina. Naquele momento, Dunga já começava a se relacionar de maneira mais ríspida com a imprensa. As críticas ao seu trabalho perderam força, já que ele havia vencido a única competição disputada até então. Porém bastaram alguns tropeços nas eliminatórias sul-americanas para que as críticas viessem novamente.

Aí então o comandante brasileiro engrossou o tom com a imprensa, e partiu para o ataque como forma de defesa diante das seguidas críticas ao seu trabalho como técnico. Entrevistas coletivas se tornaram mais rígidas, ao mesmo tempo em que eram cada vez menos freqüentes. A cada pergunta que desagradava ao técnico, uma resposta grossa e mal educada logo surgia por parte da comissão técnica.

Com o fim das eliminatórias, e a classificação do Brasil em primeiro lugar, Dunga começou a questionar os próprios jornalistas sobre o que havia de errado com a seleção, já que o Brasil havia vencido a Copa América, Copa das Confederações e terminou como primeiro das eliminatórias. Com estas provocações, sua relação se tornou ainda mais difícil com a imprensa.

Mas esta relação ainda iria se agravar muito. Um ponto crítico da gestão de Dunga como treinador ocorreu semanas antes do início da Copa, ao anunciar os 23 convocados para a disputa do mundial. Insistindo em se manter firme em sua convicção, Dunga deixou de fora da lista jogadores como ‘Paulo Henrique’ e ‘Neymar’, dois jovens que vinham jogando muito bem no time do Santos. Na entrevista coletiva daquele dia, Dunga foi questionado pelo jornalista Milton Neves, do grupo Bandeirantes, se não tinha medo de ficar marcado na história como o treinador que deixou fora da Copa dois talentos como os meninos do Santos. Ele então respondeu de modo irônico e deselegante que o referido jornalista era um ótimo publicitário, que fazia muita propaganda em seus programas, mas que pouco entendia de futebol.

Com atitudes e respostas como esta, Dunga viajou com o seu grupo para a África do Sul em busca do hexacampeonato. Em território africano, os jornalistas que cobriam a seleção brasileira foram totalmente impedidos de realizar o seu trabalho. Dunga fechou os treinos da seleção, e só concedia entrevista quando era obrigado a falar pela FIFA, organizadora do evento. Ao contrário do que ocorria em 2006, Dunga proibiu a TV Globo de ter privilégios dentro da seleção, o que irritou demais os donos da empresa. Prova disto, é que constantemente ele era criticado pela referida emissora pela forma que conduzia a seleção. Sem ter o que exibir ou falar, as emissoras tiveram que começar a improvisar em suas grades horárias, com pautas que pouco ou nada combinavam com a Copa do Mundo.

Na primeira fase o Brasil não foi brilhante, porém se classificou em primeiro de seu grupo para enfrentar o Chile. No jogo das oitavas de final, a seleção goleou por 3x0 e no fim da partida Dunga descontou toda a raiva que sentia nos jornalistas, dizendo serem eles os maiores adversários da seleção, que só estavam ali para fazer críticas e reclamar, e que em momento algum elogiaram o Brasil. Contudo, o que mais chamou a atenção nesta coletiva foi a discussão que Dunga teve com o jornalista Alex Escobar, da TV Globo. Na ocasião, Dunga sussurrou palavras de baixo calão para o jornalista, o chamando de ‘cagão’ repetidas vezes.

Como não poderia deixar de ser, esta atitude do treinador repercutiu negativamente em toda a mídia brasileira, que o acusava de ser uma pessoa destemperada e sem nenhum preparo para assumir o cargo que lhe foi confiado. Estas críticas aumentaram muito mais com a precoce desclassificação brasileira para a Holanda nas quartas de final do torneio. Dunga foi apontado por todos como um dos principais responsáveis pela eliminação do Brasil na Copa, junto com Felipe Melo, volante da seleção.

Dunga voltou para o Brasil massacrado, julgado e condenado por toda a opinião pública. Sua passagem na seleção ficou marcada como a ‘nova era Dunga’, onde o futebol brasileiro se afastou definitivamente de suas características mais marcantes: a graça, o talento e a improvisação que só o brasileiro possui. Esta seleção de 2010 será para sempre lembrada por um futebol eficiente, que venceu tudo o que disputou antes da Copa, mas que quando chegou no momento de decidir, falhou!

E para todos fica a lição: é possível sim ter uma relação cordial com a imprensa. É possível sim ter um ex-jogador de futebol à frente da seleção de seu país. E é possível sim jogar um futebol que consegue aliar a técnica com a eficiência. Prova disto é a Espanha, cujo técnico Vicente Del Bosque é um ex-jogador, que não saiu criticando todas as mídias dizendo que os jornalistas são os principais inimigos e responsáveis por um eventual fracasso de sua seleção, e que conseguiu num curto período de tempo ser campeão dos dois maiores torneios de futebol do mundo: o campeonato europeu de seleções em 2008 e a Copa do Mundo em 2010.

5 de jul. de 2010

Boas-vindas


Coordenadores Isabela Bonfim, Wemerson Fraga e o Professor Fernando Paulino


Os novos membros do SOS Imprensa foram recebidos com muito amor, como é de costume na FAC, no dia 2 de junho no auditório da Pós-graduação. Alunos antigos explicaram o funcionamento do SOS e também contaram com o auxílio do coordenador do projeto , Fernando Paulino, para dar as boas-vindas aos calouros.
Marcada por descontração, a recepção atraiu os alunos para os encontros posteriores. Gabriel Estrela afirmou ter adorado a Oficina de Photoshop durante a semana dos calouros, quando questionado sobre a recepção, disse “Achei digno”.
Em meio a risadas e perguntas, realizamos votação para o tema que seria debatido na reunião acadêmica, posteriormente, o tema seria o assunto principal do novo ciclo, presente nos meios: SOS impresso e ao programa de TV. O tema escolhido foi relacionado ao impacto das novas tecnologias no cinema, mostra-se então a preocupação do projeto não só com o jornalismo, mas com todas as mídias. Isabelle aprovou o tema “Adorei o SOS, muito mais do que achei que já ia, o tema ajudou bastante”





Era mais de meio-dia, a galera já estava bem aflita para almoçar, porém o SOS Imprensa realizou uma vaquinha com os antigos membros e promoveu um “coquetel” ao final da recepção, com direito a suco, refrigerante e salgado. Os calouros ficaram felizes com o lanche e sentiram-s e a vontade para conversar com os colegas sobre outros assuntos.
Agora o projeto tem também sua fotografa oficial, Mariana Santiago. Em breve, novas fotos no espaço Galeria.