Por Aghata Gontijo
O que, no entanto, trouxe o negócio até às conversas
brasileiras foi a possível visita de um dos empregados dessa entidade.
Julien Blanc, 25 anos, palestrante e especialista na arte da conquista de
mulheres, viria ao Brasil em Janeiro para pregar seus ensinamentos no Rio de
Janeiro, Florianópolis e depois por mais 15 países.
O suíço radicado nos Estados Unidos se deparou com uma
situação não tão nova. A possível vinda de Julien levou 400 mil pessoas a
assinarem uma petição para que a sua entrada no país fosse barrada. O instrutor
tem movimento contra a suas técnicas também no Canadá, Reino Unido e Japão,
país que estrelou um dos vídeos mais divulgados entre as pessoas que repudiam
seu comportamento.
Num dos vídeos, Julien dá um curso em São Francisco, onde
fala de sua passagem pelo Japão e da forma como “conquistava” as garotas por
lá. "Se você é um homem branco, você pode fazer o que quiser" ensina
Blanc. Ele ainda exibe imagens onde agarra e força a cabeça de mulheres em
direção ao seu pênis.
Blanc declarou ao canal de notícias norte-americano CNN, que
as imagens foram “uma horrível tentativa de humor que foi colocada fora de
contexto”, e continua dizendo sentir muito por toda a comoção e pessoas que se
sentiram ofendidas com o que ele define como ajudar os homens a “ganhar
confiança para socializar com mulheres e talvez ganhar uma relação”.
O Itamaraty divulgou no dia 13, quinta-feira, que as
embaixadas e consulados fora do Brasil podem negar o pedido de visto de Blanc,
mas informam que o mesmo ainda não foi feito. A decisão segue dividindo
opiniões. Há aqueles que enxergam apenas boa-vontade e imaturidade nas ações de
Julien; há aqueles que repugnam os métodos sexistas, machistas e violentos do
palestrante. O que prevalece, no entanto, são as 400 mil assinaturas e a
sensação de que talvez esses métodos de “paquera” já estejam ultrapassados para
o século XXI e quiçá para a Idade Média.
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