O Brasil acompanha atentamente o caso que envolve o ex-ministro-chefe da casa civil, Antônio Palocci. Após denúncias de corrupção ainda no governo Lula, no caso conhecido como mensalão, o alto escalão do Partido dos Trabalhadores (PT) saiu de cena, retirando do cenário político lideranças históricas do partido, entre as quais José Dirceu e o próprio Palocci.
Alguns anos depois da divulgação do maior escândalo do governo Lula, o PT se reorganizou e entrou para a história do país ao eleger a primeira mulher para o cargo de Chefe do Estado brasileiro. Entretanto, ao assumir a presidência da nação, a presidente Dilma Rousseff trouxe para seu governo alguns dos nomes envolvidos no antigo escândalo. Entre eles Palocci, coordenador da campanha da então candidata à presidência.
Com uma postura firme, Dilma logo se mostrou diferente do ex-presidente Lula, ao por exemplo, suspender novos concursos públicos em 2011. Além disso, junto com o ministro da Fazenda Guido Mantega, anunciou um corte recorde de R$ 50 bilhões no orçamento do governo federal.
Agora Dilma tem pela frente o maior desafio de seu recente governo: a crise que envolve o ex-ministro Antônio Palocci. Braço direito da presidente, o ex-chefe da casa civil renunciou ao seu mandato hoje, após não conseguir dar explicações satisfatórias sobre seu patrimônio pessoal. Denúncias do jornal Folha de São Paulo mostraram que o então ministro petista ampliou em 20 vezes seu patrimônio entre 2006 e 2010, a partir de atividades de consultoria empresarial - algumas delas ligadas ao governo - de sua empresa, a Projeto.
A decisão foi tomada depois que, a despeito da decisão do procurador-geral da República, Roberto Gurgel, de arquivar o pedido de investigação sobre seu enriquecimento, ficou evidente a falta de respaldo político de Palocci para se manter no cargo. Com a demissão consolidada, resta agora ao governo buscar opções para substituir o ex-ministro. O nome mais cotado é o da senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR), esposa do ministro das comunicações Paulo Bernardo.
Agora resta aguardar pelos próximos capítulos desta história e ver quais serão os desdobramentos políticos para o governo da presidente Dilma. Esta não é a primeira vez que Palocci integra o governo e depois se desliga por corrupção, o que nos faz pensar sobre o sentido de uma célebre frase do então primeiro-ministro britânico durante a 2ª Guerra Mundial Winston Churchill: "Política é quase tão excitante quanto a guerra, e quase tão perigosa. Na guerra, você só pode ser morto uma vez, mas na política, muitas vezes."
1 interações:
frente ao desgaste do governo PT só restou a demissão do então ministro que tem obrigação em justificar o aumento do seu patrimônio, embora a oposição também tenha se aproveitado do atual momento.
Vemos que mesmo com a maioria no congresso Dilma não possui capacidade de articulação.
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