22 de jul. de 2011

DiscurSOS da Mídia (22/07/11)


17 de jul. de 2011

Mídia que faz e desfaz mitos



Ontem (16) a Argentina caiu na Copa América, em casa, frente ao Uruguai. Pouco tempo depois da derrota nos pênaltis, os principais jornais latino-americanos estampavam em suas páginas principais o triunfo uruguaio e a decepção argentina.
Na página do Olé, o jornal esportivo mais lido da Argentina, a notícia sobre a derrota dos Hermanos possuía um sem número de comentários. E logo no Olé, conhecido por seu humor ácido e uma posição editorial de “tirar sarro” dos adversários (especialmente dos brasileiros), foi invadido por brasileiros, uruguaios, chilenos, mexicanos. Todos provocando os argentinos.

O desafio de ser sensacional sem o ismo

Fait Divers. Um jargão jornalístico francês com um importante significado para o campo da Comunicação, comumente associado à imprensa popular. O termo é usado para designar notícias diversas, “leves”, assuntos do cotidiano, geralmente com um toque de bizarro, do cômico, que despertam no leitor a curiosidade, o interesse, mas que não necessariamente têm muita relevância. Escândalos, catástrofes, casos de polícia, vida de celebridades e por aí vai. Esse recurso é eficaz em chamar atenção e entreter o público. É usual dos jornais populares que, para atingir a grande massa, que nem sempre acompanha a mídia tradicional e, para muitos, não é refinada culturalmente, adota esse modelo, com uma linguagem coloquial, de leitura rápida, e muitas imagens.

Pensar e fazer esse jornalismo para a maioria da população não é uma tarefa fácil. Essa perspectiva popular exige um constante balanço entre as forças que a rege. Nesse contexto, a linha entre fait divers e sensacionalismo tem se mostrado tênue. Na ânsia por seduzir e entreter, muitos jornais populares acabam pesando a mão e apresentando um produto de extremo mau gosto. Mas também podem ser interessantíssimos, principalmente em manchetes com sacadas oportunas e irônicas. Uma coisa é certa: são polêmicos. Questionamentos éticos e críticas estão sempre em voga quando se aborda o assunto na academia.

Independente de juízo de valor quanto aos diversos tipos de jornais populares que existem hoje no Brasil, uma coisa há de se reconhecer: o popularesco é de uma criatividade notória (tanto para o “bem” quanto para o “mal”). Separamos algumas capas de alguns dos mais famosos jornais populares do Brasil. Façam seus julgamentos... (veja em "mais informações" e clique nas imagens para ampliá-las)

15 de jul. de 2011

Jornalismo em tempos de imagem. Criatividade e responsabilidade

Esta foto foi retirada do site: http://www.fashionbubbles.com

O século XXI consagra a imagem como protagonista. Aspectos sociais, econômicos e os mais diversos se adaptam ao uso desta técnica inventada ainda no pós-revolução industrial. O seu surgimento colocou-a como reprodutora da realidade, no entanto, ao tornar-se popular outros aspectos foram incorporados. E a noção estética e artísticas são um deles.

Hoje, no entanto, a imagem é técnica de vendas e atração para os produtos. E o jornal está neste rol. Nesta quarta-feira, dia 14/07. Dois jornais de grande circulação nacional utilizaram da criatividade aliada à imagem para anunciar o prêmio de um dos seus anunciantes.

DiscurSOS da Mídia (15/07/11)


8 de jul. de 2011

2011 é ano de Copa




Ano de Copa do Mundo é assim. As ruas são enfeitadas de verde e amarelo; todo mundo dá palpite na escalação; escolas e instituições liberam alunos e funcionários para ver os jogos; e tudo – absolutamente tudo – que tem verde e amarelo tem seu preço nas alturas. Copa do Mundo é assim. Todo mundo tem orgulho de ser brasileiro (isso até a gente não cair frente uma França ou Holanda da vida).

Mas 2011 também é ano de Copa. De Copa? “Ah claro, de Copa América! Neymar tá jogando muito hein?”. Tá, é ano de Copa América. Mas também é ano de Copa do Mundo de Futebol. Lá na Alemanha. “Tá devagar, hein? Copa do Mundo na Alemanha foi em 2006!”. Sim, a Copa do Mundo de Futebol Masculino foi em 2006, na Alemanha. Esse ano a Alemanha é sede da Copa do Mundo de Futebol Feminino.

Agora sim. Tudo ficou claro. Ou não. É Copa do Mundo. Cadê as ruas enfeitadas? Cadê o trânsito engarrafado de gente saindo do trabalho ou da escola para ver os jogos? E as pessoas vestidas de verde e amarelo? Onde está esse clima de Copa do Mundo?

6 de jul. de 2011

Jornalismo e Ética das fontes

Por Luiz Martins da Silva

Existe um Código de Ética dos Jornalistas Brasileiros, como há códigos de ética nacionais e mundiais para sinalizar o decoro nas mais variadas categorias profissionais e humanas, mas está passando da hora de existir também um Código de Ética da Fonte Jornalística, pois a informação é um bem público e não uma arma a serviço de interesses, paixões, melindres, sabotagens e todo tipo de maus usos de expedientes que ao longo de séculos a democracia inventou, como é o caso da fonte jornalística.

A matéria de Veja, intitulada “Madraçal no Planalto”, teria tido o destino natural de uma reportagem do gênero “jornalismo investigativo”, que é a de funcionar como um instrumento de utilidade pública e de ser um serviço ao público, se não tivesse chegado ao extremo de um estilo que nos últimos anos tem caracterizado esse periódico, que é a editorialização dos fatos ou mesmo o enviezamento dos mesmos ao ponto do delírio.

5 de jul. de 2011

A revista Veja e o mau jornalismo: agendar uma pauta e correr para confirmar*

Opinião publicada na edição 649 do site do Observatório da Imprensa
Por Luiz Gonzaga Motta* em 04/07/2011

Matéria publicada nas páginas 113 a 116 da edição desta semana da revista Veja (data de capa de 6/7/2011) sobre a atual gestão da Universidade de Brasília (UnB) é um atestado de mau jornalismo. Tipicamente, o ângulo da reportagem já havia sido determinado antes. O repórter só foi ao campus para confirmar aquilo que a direção editorial da revista já tinha decidido noticiar, independente de as afirmações corresponderem ou não ao que acontece na realidade.

Mais uma vez, infelizmente, a revista utiliza o seu poder editorial para adotar na reportagem uma posição política contra aqueles que não se coadunam com a sua ideologia. É lamentável impregnar falsamente a reportagem com a opinião da direção da revista, fingindo fazer jornalismo.

4 de jul. de 2011

DiscurSOS da Mídia (04/07/11)