Por Davi de Castro
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BBB prova o gosto amargo das mídias sociais |
Não tem como fugir: estamos na era das mídias sociais. E estas têm consolidado de vez seu poderio. O mais recente embate comprovou isto. O Twitter, seus usuários e toda a repercussão que a rede proporciona mostrou para a colossal Rede Globo que, definitivamente, saímos da idade das trevas e da ignorância, na qual manipular, omitir e distorcer fatos era simples e fácil. Distante estão as décadas de 1960/70/80/90, em que a querida emissora reinava absoluta. Hoje, juntos, em um espaço democrático, as pessoas se mobilizam, discutem, manifestam, se informam, compartilham conhecimento, abrem os olhos – ou se alienam mais ainda, há quem possa argumentar. Fato é que a palavra final não é mais cativa à maior emissora do Brasil.
Acompanhando ou não o reality show mais falado (e odiado) do país, o Big Brother Brasil (BBB), uma notícia certamente deve ter chegado ao conhecimento de muitos: o suposto estupro ocorrido no programa no último domingo (15). As primeiras denúncias partiram do Twitter. Os fãs que acompanhavam o programa ao vivo pelo Pay Per View, no domingo de madrugada, ficaram perplexos ao ver cenas “quentes” protagonizadas pelos participantes Daniel e Monique. Isso porque enquanto Daniel se movimentava embaixo do edredom, a moça permanecia estática, dando a entender que não participava conscientemente do ato sexual. Não demorou para o fato pipocar na rede social, levantando debates acalorados de usuários denunciando um possível estupro e divulgando o vídeo de toda a cena. Logo a emissora solicitou a retirada dos vídeos no Youtube, mas de nada adiantou. Bloqueavam um, outros três vídeos eram postados – uma vez na rede, já era. Durante todo o dia, a hashtag #DanielExpulso encabeçou o ranking dos assuntos mais comentados no Twitter, os internautas exigiam uma atitude da produção.