25 de jan. de 2012

Seja a garota Cinderela. Seja feliz para sempre!, uma realização Revistas Teen

por Laís Lara
“Era uma vez uma menina muito sofrida, vestia trapos e chorava pelos cantos (...) quando um belo dia (...) apareceu a fada madrinha que a (...) transformou em uma princesa.  (...) Ao lado do lindo príncipe, Cinderela viveu feliz para sempre”. (trechos do conto A Gata Borralheira/ Cinderela, versão popular)
Imagem: Divulgação/Disney
Diversas meninas crescem escutando estórias de princesas e, de forma inconsciente, internalizam como sinônimo de felicidade o primeiro beijo de amor. Pouco antes de entrarem na adolescência, já não querem escutar os contos de fadas, mas não percebem que continuam a apreciá-los, porém em outra versão – a das revistas teen.  

Se em algumas publicidades há o apelo à sexualidade e ao retrato do feminino ideal, as revistas teen percorrem um caminho semelhante, afinal, são, provavelmente, uma preparação para o contato com as publicidades “de adulto”. É fato: nenhum meio de comunicação precisa impor os ideais feministas ou fazer deles a política editorial da publicação; contudo, não é necessário diminuir a capacidade feminina por submetê-la a um relacionamento amoroso. Há duas verdades que a mídia, em diversos momentos, não consegue unir: a mulher pode ser feliz COM ou SEM um companheiro.

23 de jan. de 2012

A Internet contra-ataca

Por Ramilla Rodrigues

Imagem: Google
No dia 18 de janeiro, quem tentou acessar a Wikipedia, famosa enciclopédia virtual que funciona a partir da colaboração dos internautas, deparou-se com o bloqueio da página (ver imagem abaixo). Igualmente, a página principal do Google nos Estados Unidos apresentava uma tarja preta. Tudo isso foi uma forma de protesto, conhecido como blackout, contra os polêmicos projetos de lei Stop Online Piracy Act e Protect Intelectual Property Act, conhecidos respectivamente como SOPA e PIPA.

Os objetivos do SOPA e do PIPA dizem respeito à propriedade intelectual, de forma a penalizar sites por materiais postados pelos usuários. Assim, sites de busca, como Google, Bing e Yahoo podem ser responsabilizados caso mostrem como resultados de pesquisa conteúdo sem obtenção legal dos direitos autorais. As penas podem ser desde o bloqueio do site até a prisão dos proprietários por cinco anos. 

17 de jan. de 2012

Big Brother e Redes Sociais: "o amor é lindo"


Por Davi de Castro

BBB prova o gosto amargo das mídias sociais
Não tem como fugir: estamos na era das mídias sociais. E estas têm consolidado de vez seu poderio. O mais recente embate comprovou isto. O Twitter, seus usuários e toda a repercussão que a rede proporciona mostrou para a colossal Rede Globo que, definitivamente, saímos da idade das trevas e da ignorância, na qual manipular, omitir e distorcer fatos era simples e fácil. Distante estão as décadas de 1960/70/80/90, em que a querida emissora reinava absoluta. Hoje, juntos, em um espaço democrático, as pessoas se mobilizam, discutem, manifestam, se informam, compartilham conhecimento, abrem os olhos – ou se alienam mais ainda, há quem possa argumentar. Fato é que a palavra final não é mais cativa à maior emissora do Brasil.

Acompanhando ou não o reality show mais falado (e odiado) do país, o Big Brother Brasil (BBB), uma notícia certamente deve ter chegado ao conhecimento de muitos: o suposto estupro ocorrido no programa no último domingo (15). As primeiras denúncias partiram do Twitter. Os fãs que acompanhavam o programa ao vivo pelo Pay Per View, no domingo de madrugada, ficaram perplexos ao ver cenas “quentes” protagonizadas pelos participantes Daniel e Monique. Isso porque enquanto Daniel se movimentava embaixo do edredom, a moça permanecia estática, dando a entender que não participava conscientemente do ato sexual. Não demorou para o fato pipocar na rede social, levantando debates acalorados de usuários denunciando um possível estupro e divulgando o vídeo de toda a cena. Logo a emissora solicitou a retirada dos vídeos no Youtube, mas de nada adiantou. Bloqueavam um, outros três vídeos eram postados – uma vez na rede, já era. Durante todo o dia, a hashtag #DanielExpulso encabeçou o ranking dos assuntos mais comentados no Twitter, os internautas exigiam uma atitude da produção.

11 de jan. de 2012

Big Brother no ar e dinheiro no bolso


Por Ingridy Peixoto

Imagem: Divulgação/Tv Globo

Parece não ter mais volta. Espia lá e comenta aqui. Sim! Aqui na web. A estreia do principal reality show da maior emissora brasileira dá o que falar na Internet. As redes sociais concentram comentários sobre participantes, figurinos, acontecimentos e tudo o que envolve o programa.

Mas também há quem “xingue muito no Twitter” os que ousam falar sobre o Big Brother Brasil (BBB). Não faltam pessoas que critiquem o programa. É só colocar as três letrinhas na busca do microblog para que apareçam mensagens de fãs e dos detratores.

Às vezes parece até estar bem resolvido entre a classe média brasileira que o programa não é um dos que agrega muito à cultura de quem o assiste, especialmente quando até o pai do diretor dá isso a entender em rede nacional, em frente ao apresentador do reality, e no lugar de constrangimento são ouvidos aplausos e risadas (vide aqui).

Se é assim tão ruim como o BBB está na sua 12ª edição? O programa tão mal falado é um dos que mais fatura na televisão brasileira. A edição do ano passado chegou a esgotar as cotas de merchandising e faturou cerca de R$ 400 milhões, de acordo com o portal R7. Mensagens de texto, telefonemas, produtos da marca BBB e, principalmente, publicidade de patrocinadores... a Rede Globo consegue arrecadar o valor do prêmio do último “guerreiro” num piscar de olhos.

4 de jan. de 2012

Ai, se eu te pego, Época

Por Camila Curado

Foto: Divulgação/Época
Este é o primeiro texto do blog SOS Interativo no ano de 2012. Diante da responsabilidade de escrevê-lo e na minha situação de férias, comecei a procurar por um tema que se encaixasse nesses parâmetros. Algo que fosse de meu interesse e se apresentasse adequado para iniciar o ano no blog. Veio a mim, a ideia de falar sobre o fim do mundo, clichê, mas completamente cabível. Mas não é algo que me pareça tão interessante. Então, nada melhor do que falar sobre as chuvas devastadoras que, pela terceira vez consecutiva (se já não se arrasta sequencialmente há mais tempo) vem abrindo mais um ano com tragédias e mortes. Por fim, nesta madrugada do dia 4, depois da enxurrada de críticas à matéria da revista Época, na qual traz na capa o cantor Michel Teló, ouço a música "Ai, se eu te pego" tocar na casa ao lado de onde eu estou. Já são quase quatro da manhã e, desde as três horas, a música não para de tocar.

E, então, eu me pergunto "por quê?". Coincidência? Provocação? Devemos admitir que o nome disso seja sucesso. E, antes que qualquer roqueiro ou apreciador de MPB venha se indignar, venho informar-lhes que este cantor paranaense não só se tornou a sensação de milhões de brasileiros, como também tem superado a banda Coldplay e a cantora Adele em países europeus como Espanha, Itália, Holanda e Bélgica com a canção "Ai se eu te pego", a qual é tratada pela revista Época como tradutora dos "valores da cultura popular para os brasileiros de todas as classes". Para muitos é difícil aceitar essa fama estrondosa, mas é um fato. Independente da qualidade musical da obra de Teló, houve uma grande aprovação por parte dos brasileiros, mais em algumas classes, menos em outras. As pessoas ouviram e gostaram. As mídias mais tradicionais reproduziram absurdamente esse hit e, então, tornou-se parte de nossas vidas.