Por Camila Curado
A Marcha Contra a Corrupção teve sua primeira edição em sete de setembro desse ano. Uma mobilização que contou com 25 mil pessoas e chamou a atenção da mídia. Por mais que o assunto não fosse detalhado nas matérias dos jornais, ele esteve estampado nas manchetes.
A causa do sucesso dessa marcha é consequência cibernética. O fato de a internet distribuir muitas informações em tempo instantâneo e para qualquer lugar do mundo incentiva os jovens a se interarem de inúmeros assuntos. E as novas mídias sociais têm tido um papel importante na divulgação de ideologias e manifestos. O resultado é uma juventude crítica e engajada.
Por isso a realização de uma segunda marcha contra a corrupção foi tão incentivada. Além do sucesso
inesperado causado pelo primeiro evento na internet, a manifestação também contou com apoio de empresários na divulgação. Muitos grupos políticos e
sindicatos ofereceram ajuda e não foram aceitos. Uma das propostas do movimento é ser apartidário.
A primeira edição da marcha teve como foco o protesto contra a absolvição de Jacqueline Roriz. Na segunda, o fim do voto secreto e a aprovação da Lei da Ficha Limpa foram os pontos centrais. Entretanto, a maior diferença entre as manifestações não está no tema, mas sim na repercussão e divulgação.
A 1ª Marcha Contra a Corrupção teve mais de 27 mil confirmações no Facebook e ampla repercussão em outras redes sociais. Já a segunda edição contou com pouco mais de 19 mil confirmações, o que representa queda de 30%. No entanto, a força das redes sociais continua
sendo marcante. Segundo o jornal O Globo, as referências à segunda edição do protesto no Twitter cresceram em 300%.
Assim como as confirmações no Facebook diminuíram, o número de presentes na marcha também caiu. Além disso, as mídias tradicionais continuam a divulgar o evento com superficialidade. Independente disso, não se pode deixar que manifestações assim mudem de propósito. Temos o dever de apoiar e participar das futuras marchas contra a corrupção.
Mostra-se a cada novo ato que a população está atenta o tudo o que acontece no poder. Não se pode admitir que 2,3% do PIB, o suficiente para a construção de 78 aeroportos e 57 mil escolas por ano, esteja na conta dos bandidos.
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