Por Ramilla Rodrigues
No Seminário Internacional dos Jornais, Earl Wilkinson, presidente da Inma (International Newsmedia Marketing Association), declarou que os jornais impressos terão hegemonia nos Estados Unidos de, no máximo, mais dez anos. Em países com nível considerável de analfabetismo e/ou com expansão da classe média, como Brasil e Índia, espera-se que a hegemonia do jornal impresso dure, pelo menos, 50 anos.
O provável substituto do jornal de papel são os tablets. Nos países com tecnologia mais desenvolvida, a utilização desses aparelhos é uma opção viável. Em parte devido à diversificação de modelos e marcas dos aparelhos, que são mais competitivos. Em países com defasagem tecnológica, os tablets ainda são privilégio das classes mais abastadas.
A discussão sobre o fim dos jornais impressos é longa e tem vários vieses. Jornais tradicionais tentam reformular o design e o conteúdo como forma de competir com a internet. Por outro lado, no Brasil é possível notar a ascensão de jornais populares, vendidos a preços acessíveis. Ainda por aqui, algumas regiões tiveram um crescimento de 12% na tiragem de jornais. E junto incorporaram os tablets como substitutos da cultura escrita.
Recentemente, uma escola de Brasília anunciou que substituirá todos os livros por versões eletrônicas. O tablet será material escolar obrigatório. A mudança custará mais de R$ 2 mil por aluno. Nos Estados Unidos, algumas escolas estudam abolir o ensino da letra cursiva, sob justificativa de que as crianças já nascem sob a influência da cibercultura.
A discussão sobre o fim dos jornais impressos e a substituição da expressão escrita pelos tablets não terminará tão cedo. De fato, os aparelhos permitem interatividade maior. Mas ainda restarão aqueles que não resistem a tocar no papel de um livro ou jornal.
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