O Grupo de Trabalho sobre a Violação dos Direitos Humanos na Mídia elaborou um relatório com denúncias e propostas. O apoio do Ministério Público a ações de amparo às vítimas da imprensa foi um ponto fundamental da discussão coordenada por Rogério Tomaz Júnior e Bia Barbosa, ambos do Coletivo Intervozes. Também são propostas do grupo a criação de um fundo para rádios e tvs comunitárias, a revisão da legislação audiovisual e a reabertura do projeto que cria uma ouvidoria pública das concessionárias de comunicação. Esse projeto é de autoria do senador Pedro Simon (PMDB-RS).
O jornalista Dioclécio Luz, do Sindicato dos Jornalistas do Distrito Federal, sugeriu ainda a criação de uma política de comunicação comunitária em parceria com as comissões de ética tanto da Câmara como do Senado, para abrir processo de cassassão dos mandatos de deputados e senadores que possuem concessões de rádio ou televisão, infringindo a Constituição Federal.
A necessidade da educação em direitos humanos para os profissionais da mídia e para própria população foi ressaltada como forma de promover consciência de direitos. Uma preocupação dos participantes é de que as idéias apresentadas e discutidas pelo grupo não sejam esquecidas, mas se transformem em ação efetiva para evitar que a imprensa continue desrespeitando os direitos humanos.
Um exemplo de violação citado pelo grupo foi um caso suspeito de censura ocorrido na Bahia. A exibição do curta "O fim do homem cordial", vencedor do Festival de Salvador, teria sido boicotado por políticos baianos, que teriam articulado o corte de energia eletrica na sala, justo na hora em que o filme, uma caricatura de personalidades do mundo político, seria exibido.
Reportagem: Ana Luiza Zenken
Edição: Luciana Lima
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