Por Beatriz Sá
De
acordo com o Comitê para a Proteção aos Jornalistas (CPJ), apenas em 2013
quatro jornalistas morreram no Brasil no exercício da profissão. Tais mortes
fizeram do país o quarto com mais mortes de jornalistas neste ano, ficando
atrás apenas da Síria, Egito e Paquistão. Por esse motivo, a segurança dos Jornalistas
nas Manifestações durante a Copa do Mundo é um debate muito importante.
No
dia 21 de maio, o Sindicato dos Jornalistas do Distrito Federal (SJPDF) discutiu
medidas de segurança na cobertura da Copa do Mundo. A possibilidade de manifestações durante o período da Copa e o histórico
de agressões aos profissionais da imprensa durante as coberturas em protestos
foi o que motivou encontro. A abertura da Copa ocorrerá na próxima
semana, 12 de junho, e estima-se que 20 mil jornalistas vão trabalhar no
evento. Porém, destes 20 mil, apenas 1,5 mil se credenciaram na Confederação
Brasileira de Futebol (CBF), o que preocupa o Sindicato.
Campanhas educativas, criminalização das agressões e a
disponibilização de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs), como máscaras e
capacetes, foram algumas das medidas sugeridas para assegurar o trabalho da
imprensa nestes eventos. O direito do jornalista
de se retirar do evento caso identifique uma situação de risco também foi
garantido pelo SJPDF.
É necessário garantir a proteção dos profissionais de
comunicação. Os jornalistas precisam ser respeitados – tanto pelos
manifestantes, quanto pelas forças policiais (responsáveis por mais de 80% das
agressões aos profissionais da imprensa nas manifestações passadas) - permitindo
que eles exerçam o trabalho de garantir a informação para a sociedade.
Para Marcelo Moreira, presidente da Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji), “sem
a imprensa, a sociedade fica muda, sofre um cerceamento de informação e
empobrece. Para que o país seja democrático e evolua, é importante que a imprensa
seja livre”. O jornalista está nas manifestações para informar a sociedade. Ataque
a jornalistas é ataque aos direitos humanos e à liberdade de expressão.
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