2 de jun. de 2014

Pela liberdade de escolha

Por Martha Carvalho

No dia 27 de maio, Meriam Ishag deu a luz a uma menina numa prisão no Sudão. Meriam foi condenada no dia 15 de maio à pena de morte pelo crime de apostasia, que significa o abandono ou negação de uma fé, pois ela rejeitou o islamismo para seguir o cristianismo e poder casar-se com seu atual marido. A mãe deverá ser enforcada após a filha completar dois anos de idade.

Julgar outra cultura baseado nos seus próprios princípios é errado, pois as divergências de costumes e valores criam uma visão tendenciosa, baseada em regras sociais que diferem de povo para povo. Se tratando de aspectos religiosos, o buraco é muito mais embaixo. Algumas mulheres muçulmanas acreditam e gostam da religião, por mais grotesca que ela seja aos olhos ocidentais. Vejam bem, o catolicismo – ou o protestantismo – também devem parecer ridículos a outras religiões.


Porém Meriam não gostava de ser muçulmana. Ela escolheu o cristianismo, mas ela não podia escolher. Ela foi chicoteada e sentenciada à pena de morte. Não há liberdade para as mulheres no Alcorão e com a implantação da sharia – leis inspiradas na vida de Maomé – essa tolerância só vai diminuir, pois a ligação se estreitou ainda mais (sim, isso foi possível). Nesse novo conjunto de lei há princípios fixos e princípios mutáveis, nestes incluído as penas para diferentes tipos de crime. 

 Meriam Ibrahim Ishag com o marido Daniel Wani

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