Por Martha Carvalho
No dia 27 de maio, Meriam Ishag deu a luz a uma menina numa
prisão no Sudão. Meriam foi condenada no dia 15 de maio à pena de morte pelo
crime de apostasia, que significa o abandono ou negação de uma fé, pois ela
rejeitou o islamismo para seguir o cristianismo e poder casar-se com seu atual
marido. A mãe deverá ser enforcada após a filha completar dois anos de idade.
Julgar outra cultura baseado nos seus próprios princípios é
errado, pois as divergências de costumes e valores criam uma visão tendenciosa,
baseada em regras sociais que diferem de povo para povo. Se tratando de
aspectos religiosos, o buraco é muito mais embaixo. Algumas mulheres muçulmanas
acreditam e gostam da religião, por mais grotesca que ela seja aos olhos
ocidentais. Vejam bem, o catolicismo – ou o protestantismo – também devem
parecer ridículos a outras religiões.
Porém Meriam não gostava de ser muçulmana. Ela escolheu o
cristianismo, mas ela não podia escolher. Ela foi chicoteada e sentenciada à
pena de morte. Não há liberdade para as mulheres no Alcorão e com a implantação
da sharia – leis inspiradas na vida
de Maomé – essa tolerância só vai diminuir, pois a ligação se estreitou ainda
mais (sim, isso foi possível). Nesse novo conjunto de lei há princípios fixos e
princípios mutáveis, nestes incluído as penas para diferentes tipos de crime.
Meriam Ibrahim Ishag com o marido Daniel Wani
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