Olá, leitores.
Meu nome é
Nayara Güércio e estou cursando, dentro da faculdade de Comunicação Social, a habilitação "Audiovisual" na Universidade de Brasília. Mas sou também, com muito orgulho, aspirante a jornalista do grupo
SOS Imprensa. Para que vocês me conheçam um pouco melhor, em minhas postagens sempre deixarei dicas de filmes relacionados a media, ao jornalismo e/ou a comunicação em geral.
Para abrir com chave de ouro, deixo aqui uma passagem do livro “
Os jornalistas, os jornais e outras mídias no cinema” do professor da UFP, Cláudio Cardoso de Paiva.
Na passagem abaixo, o professor aborda diferentes formas de como o jornalista vem sendo retratado no cinema citando alguns exemplos que, na minha opinião, são de grande valor aos leitores curiosos e, acima de tudo, aos leitores que almejam seguir a excitante carreira jornalística.
“Há uma diversidade de filmes em que os
jornalistas aparecem como heróis do liberalismo
e guardiões do sistema republicano,
como em Todos os homens do Presidente
(Alan Pakula, 1976), uma representação bem
cuidada do caso Watergate.
Apologeticamente, surge o profissional
engajado e combatente em Reds (Warren Batty, 1981),
sobre a revolução russa e O ano em que
vivemos em perigo (Peter Weir,
1983), sobre o genocídio na Indonésia em
1965. Mais discreto é Ausência de malícia
(Sidney Pollack, 1981, com Paul Newman,
Sally Field), interessante na maneira
como lida com a questão do respeito e fidelidade
entre o jornalista e a sua fonte. E
a imagem da repórter politicamente correta
se mostra no filme O dossiê Pelicano (Alan
Pakula, 1993, com Julia Roberts). Há um
contingente significativo de filmes densos e
com forte carga dramática, que se distinguem
pelo enfoque, reconhecendo a elevação
moral dos correspondentes de guerra,
como Os gritos do silêncio (Rolland Joffé,
1984), sobre o genocídio no Camboja em
1975, e Salvador, o martírio de um povo
(Oliver Stone, 1986).
Igualmente, há realizações extravagantes
que fazem exposição da figura dos jornalistas
por meio dos recursos sensacionais e espetaculares,
tais como Um dia de cão (Sidney
Lumet, 1975, com Al Pacino e Chris Sarandon),
em que a imprensa televisiva torna
o público cúmplice de um assaltante atrapalhado,
engajado num roubo para pagar a operação
transsexual do seu companheiro.
Em O todo poderoso (de Tom Shadyac, 2003,
com Jim Carrey e Morgan Freeman) um
jornalista desempregado encarna o próprio
Deus e logo, irá manipular a tudo e a todos
usando os poderes sobrenaturais.
Já Entrevista com vampiro (Neil Jordan, 1994;
adaptação do livro de Anne Rice) mostra um repórter
ansioso por se tornar vampiro, em adquirir
poder e longevidade. E, enfim a película
O povo contra Larry Flint (Milos Forman,
1996, com Woody Harrelson e Courtney
Love) mostra os transtornos na vida e na carreira
do dono de uma revista prestigiada
do mundo pornô.”
E por que não começar já com água na boca?